Clínica onde falso oftalmologista atuava em Belém afirma desconhecer irregularidades
Apesar disso, o Conselho Regional de Medicina do Pará (CRM-PA) reforçou que, por meio de seu portal, qualquer pessoa pode verificar se um profissional está devidamente inscrito no conselho. O suspeito foi preso após se passar por um médico já falecido.
Um falso oftalmologista foi preso na clínica particular Amar Saúde de Belém nesta sexta-feira (27) por exercício ilegal da medicina. A clínica afirmou desconhecer a irregularidade.
Durante a ação da Delegacia do Consumidor (Decon), o suspeito tentou fugir ao identificar os policiais.
Na tentativa de fuga, o homem colidiu com o muro da Secretaria de Infraestrutura do Estado — Foto: Polícia Civil
De acordo com o delegado geral da Polícia Civil do Pará, Walter Resende, o suspeito, ao avistar os agentes, demonstrou nervosismo, entrou em seu veículo e acabou colidindo com o muro da Secretaria de Estado de Infraestrutura e Logística (Seinfra).
Após ser preso, o homem confessou o crime e forneceu detalhes de como atuava. Ele trabalhava na Clínica Amar Saúde, localizada na Avenida Tavares Bastos, em Belém.
Clínica Amar se posiciona sobre o caso
Em nota, a Amar Saúde informou que recebeu a notícia da prisão com surpresa e consternação.
“O falso médico foi acusado de falsidade ideológica e exercício ilegal da medicina. Gostaríamos de esclarecer que, assim como nossos pacientes, também fomos vítimas dessa situação”, declarou a clínica.
O Conselho Regional de Medicina (CRM) ressaltou que qualquer pessoa pode consultar a inscrição de profissionais diretamente em seu portal.
Segundo a clínica, no momento da contratação, o homem apresentou documentos que aparentavam ser legítimos, mas posteriormente se revelaram falsificados, com nome e CRM adulterados.
No local, a polícia apreendeu carimbos falsificados em nome de médicos verdadeiros, além de computadores e documentos que comprovaram a fraude.
“Assim que tomamos conhecimento das acusações, adotamos medidas imediatas e estamos colaborando integralmente com as autoridades para o esclarecimento dos fatos”, afirmou a clínica, que reforçou seu compromisso com ética, transparência e a saúde de seus pacientes.
CRM e polícia investigam o caso
O CRM-PA esclareceu que “casos como este configuram exercício ilegal da medicina, sendo de natureza policial”.
O homem permanece à disposição da Justiça e responderá pelos crimes de falsidade ideológica e exercício ilegal da profissão.